Abordagem das Alterações do Olfato em Doentes Recuperados da COVID-19
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Resumo
Estima-se que cerca de 50% dos doentes infetados pelo SARS-CoV-2 desenvolvam alguma alteração do olfato. A maioria recupera espontaneamente, contudo aproximadamente 10% permanece sem melhoria 4-6 semanas após a cura. Dada a elevada prevalência de COVID-19, um número significativo de doentes irá apresentar esta morbilidade.
Assim, o objetivo principal desta revisão é definir um protocolo de orientação dos doentes recuperados da COVID-19 que se apresentem com alteração do olfato. Nestes casos deve-se começar por classificar a gravidade desta alteração e excluir outras possíveis etiologias subjacentes, que possam carecer de investigação adicional.
O tratamento que apresenta melhores resultados é o treino olfativo. Adicionalmente poderá ser recomendado o uso de corticoide nasal em spray ou suplementação com ómega-3.
De ressalvar que muito daquilo que se preconiza é baseado em ensaios realizados em doentes infetados por outros agentes que não o SARS-CoV-2, pelo que importa estar atento à produção científica neste campo.
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