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Esophageal Atresia at Daniel de Matos Maternity: A Fifteen-year Review
Atresia Esofágica na Maternidade Daniel de Matos: Uma Revisão de Quinze Anos

Conteúdo do artigo principal

Beatriz Pedro - Autor Correspondente

Beatriz Pedro [beatrizpedro999@gmail.com]

Rui Castelo
Guiomar Oliveira

Resumo

Introdução: A atresia esofágica (EA) é uma malformação congénita rara, com diagnóstico maioritariamente pós-natal, apesar de a suspeita pré-natal ter melhorado ao longo dos anos. Até à realização da cirurgia, estes recém-nascidos precisam de monitorização numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (NICU). Apesar da redução na mortalidade, a morbilidade mantém-se uma preocupação. O objetivo deste estudo foi caraterizar dados pré-natais, do parto e pós-natais de recém-nascidos com EA num centro de referência de nível três.
Métodos: Um estudo retrospetivo anonimizado foi realizado através de dados de dezoito recém-nascidos diagnosticados com EA, nascidos entre janeiro 2007 – dezembro 2021, que foram admitidos na NICU de um centro de referência nível três. Os dados foram colhidos através de registos médicos dos recém-nascidos, compilados no Microsoft Excel e analisados pelo IBM SPSS statistics.
Resultados: Não houve prevalência entre sexos nem na idade materna avançada. A suspeita pré-natal consistiu na ecografia (polihidrâmnios/não visualização do estomago), onde a EA tipo A teve maiores resultados. Uma maior incidência de EA foi encontrada em recém-nascidos prematuros. Uma associação entre idades gestacionais menores a presença de polihidrâmnios foi encontrada. Outras anomalias associadas foram comuns, principalmente cardíacas. Uma prevalência de EA tipo C e hiato-curto foram encontradas. O refluxo gastroesofágico e estenose esofágica foram comorbilidades frequentes.
Conclusão: Melhoria na vigilância/avaliação pré-natal e pós-natal poderia reduzir a morbimortalidade e melhorar a gestão destes recém-nascidos. Com a redução na mortalidade, novos estudos são necessários para focarem na morbilidade e qualidade de vida.

Palavras-chave: Atresia Esofágica; Diagnóstico Pré-Natal; Fístula Traqueoesofágica; Recém-Nascido

Detalhes do artigo

1.
Pedro B, Castelo R, Oliveira G. Atresia Esofágica na Maternidade Daniel de Matos: Uma Revisão de Quinze Anos. Gaz Med [Internet]. 23 de Maio de 2025 [citado 7 de Junho de 2025];1(1). Disponível em: https://gazetamedica.pt/index.php/gazeta/article/view/784
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